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Do documento "Fatores para a adoção de bombas de calor pelas habitações europeias".

A instalação de uma bomba de calor tem um efeito positivo no Certificado de desempenho energético (EPC) dos edifícios na Europa, o que resulta frequentemente no salto de 1 ou mais classes energéticas. Consequentemente, as potenciais poupanças energéticas e a melhoria do conforto proporcionada por habitações com eficiência energética refletem-se no aumento do valor imobiliário ou do valor do aluguer. O valor aumenta entre 2 e 8%.

A Diretiva relativa ao desempenho energético dos edifícios (EPBD) define os requisitos mínimos e uma estrutura padronizada para calcular o desempenho energético. O objetivo é melhorar o desempenho energético dos edifícios na União Europeia (UE). Desde 2019, os Certificados de desempenho energético (EPC) tornaram-se obrigatórios para vender ou alugar um edifício na UE. A instalação de bombas de calor contribui para a eficiência energética das habitações. Isto significa que melhora o Certificado de desempenho energético (EPC). A instalação de uma bomba de calor pode contribuir para que se avancem uma ou duas classes energéticas. Isso depende de dois fatores.

  • O sistema de aquecimento original, como por exemplo uma caldeira sem condensação a óleo combustível ou uma caldeira de condensação a gás.
  • A decisão de substituir ou manter emissores, como pavimento radiante ou radiadores.

O aumento da classe energética dá origem a poupanças de energia, mais conforto e melhor perfil ambiental. Estas vantagens podem refletir-se no valor da habitação. Isso reflete-se no preço pós-reabilitação. Ao nível europeu, as melhorias da eficiência energética também resultam num aumento dos preços do aluguer (cerca de 5 a 18%, dependendo de vários fatores). Mas o impacto no aluguer costuma ser inferior ao verificado no preço da propriedade.

Uma revisão de documentos académicos revela conclusões positivas nos mercados imobiliários na Europa Ocidental, Finlândia e Suécia. A Daikin reuniu evidências relevantes do aumento da eficiência energética na Europa, com especial foco nos seguintes países: Alemanha, França, Itália, Espanha, Bélgica, Países Baixos e Reino Unido. Em todos os países, as intervenções de eficiência energética com um salto na classe do EPC estão associadas a preços relativos positivos e ao aumento dos preços do aluguer. Os efeitos são mais significativos nas áreas rurais e em habitações na Alemanha e França. Verificam-se conclusões opostas em Espanha e Itália, com uma sensibilidade de preços superior nas habitações multifamiliares urbanas.

Na Alemanha, as áreas urbanas registam um aumento médio do preço de 6,3% e o consumo de energia baixa 100 kWh/m2a. Em França, o impacto no preço das habitações que passam para a classificação A ou B a partir da classificação D varia entre +6 e +14%. Em Espanha, as classificações A, B ou C correspondem em média a um aumento de 7,5% em comparação com D, E, F ou G. Em Itália, a alteração do valor entre a classe E e a classe D corresponde a cerca de 5% a 6%, mas aumenta entre 14% e 18% ao passar da classificação G para a D.

As diferenças regionais também se aplicam a todos os mercados investigados. Por exemplo, a região da Occitânia, em França, demonstra valores superiores para as habitações e os apartamentos. A província de Groningen, nos Países Baixos, demonstra uma tendência semelhante.

Na Europa de Leste, foram publicados poucos artigos revistos pelos pares. Isto significa que é mais difícil tirar conclusões específicas para um país. Uma exceção é a Roménia, em que um estudo demonstrou a existência de ganhos relativos à energia no mercado imobiliário.

Em conclusão, as etiquetas EPC foram totalmente implementadas na maior parte dos Estados-Membros. Também se tornaram fatores influentes nas decisões de compra de propriedades. O impacto do EPC nos preços foi investigado de forma heterogénea em cada país, dificultando a elaboração de estimativas precisas dos ganhos associados a classificações mais elevadas. Não obstante, é evidente que as habitações com maior eficiência energética resultam consistentemente em preços superiores no mercado em comparação com propriedades semelhantes com classificações energéticas inferiores.

Para uma avaliação quantitativa mais precisa, para fontes e referências, consultar o documento.